Concurso 'Queijos de Portugal 2015'
Decorreu em Tondela, nas instalações da ControlVet, a sétima edição do concurso organizado pela Associação Nacional de Industriais de Lacticínios (ANIL) e que é o maior realizado no nosso país, seja pelo número de queijos apresentados a concurso (184), seja pelo número de produtores presentes (47), seja pelo número de categorias avaliadas (20).
Neste concurso, os queijos são avaliados por um alargado painel de provadores de experiência e méritos reconhecidos. Os responsáveis de DosQueijos foram, uma vez mais,simpaticamente convidados a integrar esse painel e tiveram, dessa forma, a oportunidade, um outro ano, de integrar uma ‘equipa’ em que cada um com experiências e perspectivas distintas, não só permitem uma avaliação dos queijos de forma muito criteriosa, como, pela troca de impressões que sempre realizam, muito beneficiam a aprendizagem de todos.
Para além disso, o concurso é um momento de confraternização anual de um conjunto de pessoas que, para além de outros laços pessoais e profissionais que possuem, se unem por um traço comum: a forte paixão pelo queijo.
Mas, numa altura em que proliferam os chamados selos distintivos (produto do ano, sabor do ano, marca de confiança, produto cinco estrelas… e por aí fora) fará sentido explicar a mecânica deste concurso e a seriedade, objectividade e transparência com que, ano após ano, é montado e realizado, com o forte empenho de Maria Cândida Marramaque e da Cristina Nogueira.
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As empresas concorrentes devem depois, nos prazos designados e já próximo da data do concurso, fazer chegar as amostras (a rondar os 2 kg por queijo inscrito) à organização, sendo que os queijos não deverão apresentar rotulagem, nem outras marcas identificadoras, e serem acompanhadas de ficha técnica referenciando as características essenciais do queijo, tais como composição, lote ou data de fabrico.
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Os queijos são cuidadosamente armazenados, respeitando os requisitos de temperatura e acondicionamento que exigem e são multiplamente codificados, de modo a poderem participar nas diferentes fases do concurso sem nunca serem apresentados com o mesmo número de código. No apoio para acondicionamento, corte e serviço à sala de provas, esteve – pelo terceiro ano consecutivo - a turma de Turismo da Escola Profissional de Tondela.
O júri, composto por personalidades de reconhecida competência – professores universitários, técnicos que passaram pelo sector, responsáveis de organismos de certificação, chefs, críticos gastronómicos,.. – é, numa primeira fase, dividido em subgrupos, sendo que cada uma dessas equipas se encarrega de avaliar todos os queijos de um determinado conjunto de categorias. No segundo dia, todos os júris avaliam todos os queijos que ascenderam às finais da sua categoria (três por categoria)… Assim, na edição deste ano, dos 184 queijos a concurso, cada júri avaliou, em média, entre 100 e 110 queijos diferentes.
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As amostras apresentam sempre um código numérico identificativo, sendo que o código do queijo na Fase Visual é diferente do código desse mesmo queijo na Fase Gustativa.
No segundo dia do concurso (e sempre depois de uma maratona que as responsáveis da FullSense – Marta Vacas de Carvalho e Maria da Luz Ramiro – fazem para apurar os finalistas), os três queijos melhor classificados de cada categoria são apreciados daquela mesma forma (fase visual e fase gustativa) e de acordo com os mesmos parâmetros para apuramento dos vencedores.
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Como se vê: uma verdadeira maratona!...
Uma nota final para referir que o vencedor de cada prémio pode rotular nos seus produtos o selo do concurso relativo ao ano em que venceu e que os dois outros finalistas recebem menções honrosas, as quais podem ser utilizadas na comunicação publicitária das empresas, não podendo, contudo, ostentar o selo nessa comunicação nem utilizar o mesmo na respectiva rotulagem. Acresce ainda que a participação de cada queijo no concurso tem um custo de poucas dezenas de euros.
Anteriores edições do concurso: